quinta-feira, 23 de setembro de 2010

ACESSIBILIDADE

     Viver nos dias de hoje está se tornando um desafio.
Desafio, em especial, pela busca de construir uma história de respeito ao ser humano. . .
     A humanidade está saturada de problemas e obstáculos que necessitam ser superados diariamente.
Para as Pessoas com Necessidades Especiais esses obstáculos, além das barreiras psicossociais, se fazem presentes físicamente em quase todos os locais por onde andam.
     Que venhamos falar de acessibilidade, como um instrumento facilitador para o que ir e vir , nunca se espante com os  transtornos e sim seja um ato da vida diária como o de todos os cidadãos "normais".

     Hoje a situação das Pessoas com Necessidades Especiais em Angra dos Reis é de total abandono, é necessário uma MOBILIZAÇÂO JÀ. O poder público é ausente a demanda é muita e não se consegue atender a 30% das Pessoas com Necessidades Especiais, com próteses, cadeiras de rodas, andadores, cadeiras de banho, fisioterapia e e.t.c. mesmo assim os que são atendidos são de forma precária.
     Vamos botar a boca no trombone minha gente e mostrar que somos 8.000 (oito mil Pessoas com Necessidades Especiais só no município de Angra dos Reis) , e um total de 24.500.000 (vinte quatro milhoes e quinhentos mil em todo o país. Essa é a verdadeira cara do Brasil.
     Uma triste e dura realidade.      Uma pergunta que não quer e não pode calar é  onde estão os cidadãos e cidadãs?
Estão trabalhando? Estão nas escolas? Tem acesso a saúde, ao lazer ao prazer. . . ?

Um comentário:

  1. Acessibilidade, palavra que abre um leque enorme, e que muitas vezes começa já pelo lugar onde moramos e pela nossa própria casa. Quando fiquei sem andar (cadeirante) de cara me deparei com o que chamamos de barreiras arquitetônicas. Para chegar até a minha casa havia uma escada, nossa quantos degraus, depois dentro de casa mais um degrau, ressaltos de um cômodo para o outro, indo mais adiante a cadeira não passava nas portas, pia alta, guarda- roupa com as prateleiras altas, cabideiros altíssimos nossa, nem em sonho alcançaria, cama baixa enfim, você começa a ver que tem que se adaptar a muitas coisas e começar a se adequar ao mundo em que vivemos. Daí já se percebe que temos que ir a luta para sobreviver, e encarar o mundo lá fora, encontrando os mais absurdos obstáculos. Queremos conscientizar as pessoas ditas normais ( que andam ) que somos cidadãos, e que temos direitos iguais, e que com a ajuda de cada um podemos tornar o nosso dia a dia bem melhor na família, e na sociedade.
    Bom a partir daqui começo a falar aos poucos sobre a vida das pessoas com necessidades especiais e como uma delas. Muitas coisas são experiências próprias na minha nova realidade de vida. Passamos por muitas situações constrangedoras sem necessidade, como a ida a um médico, que neste caso que relato é necessário se deslocar do local onde moramos fazendo o uso de um ônibus, aí já se depara com os ônibus da nossa cidade que foram adaptados, mais que infelizmente não estão funcionando da forma correta, ou seja os elevadores estão sempre com defeitos, raramente se encontra um em estado funcional , que no meu ver era melhor ter apenas um mais funcionando de verdade , para termos o direito de ir e vir de forma segura e respeitosa, não trazendo o risco de ter que ser carregada pela escada do ônibus e quase cair, e se realmente for ao chão, quebrar uma perna , nossa mais um problema e de graça.Viram como o acesso é importante! Um dia eu também era uma pessoa que andava e hoje preciso da cadeira de rodas, ninguém conhece o nosso amanhã, sou mais uma pessoa falando da mesma coisa que muitos outros já falaram, e vamos continuar batendo nesse mesmo assunto até que as autoridades da nossa cidade venham a tomar uma providência em relação a isso, o nosso lema (Portadores de Necessidades Especias ) é insistir e conseguir desistir, jamais.........
    A partir de agora tenho acesso aqui todos os dias ...
    Meu nome è Marta Neves

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